A Andiroba (Carapa guianensis Aubl) é uma planta nativa da Amazônia, conhecida especialmente na região
amazônica como madeira nobre sucessora da madeira de Mogno. A madeira e o óleo
extraídos das sementes são matérias-primas para diversos produtos. O óleo
extraído das sementes, por exemplo, é empregado na produção industrial de
cosméticos e sabão, sendo também utilizado na medicina popular da região Norte
do Brasil.
Até
agora nenhuma novidade!
Mas,
me diga uma coisa, você sabia que a Andiroba é um repelente para insetos?
Pois
fique sabendo que sim!
A
andiroba é uma maravilha!!!
Recentemente, estão sendo produzidas velas
que são utilizadas como repelentes para mosquitos vetores de muitas doenças,
como os da espécie Aedes aegypti transmissores
do vírus causador da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, e, a espécie Anopheles darlingi vetor dos protozoários causadores da malária.
Então leitores, dica do
dia! Tenham velas de andiroba em casa! Deixar uma vela acesa em casa pode ser
uma ótima opção para você se prevenir dessas visitas indesejadas chamadas
mosquitos!
Anopheles darlingi |
Aedes Aegypti |
O
efeito repelente da Andiroba se dá devido aos compostos
(tetranortriterpenoides, limonóides e miliacinas) produzidos como mecanismo de
defesa contra insetos da própria planta.
Mais curiosidades sobre o uso...
Não é de hoje que os indígenas e populações
tradicionais utilizam o óleo de andiroba como repelente de insetos e também no
tratamento de artrite, distensões musculares e alterações dos tecidos cutâneos.
Popularmente, o chá da casca e das flores é usado para combater infecção
bacteriana e o chá do cerne como fungicida.
Na Região Amazônica o óleo extraído das
sementes é utilizado na medicina popular, para aliviar contusões, edemas,
reumatismo e cicatrização. A casca da andirobeira é usada como cicatrizante e
vermífuga.
Alguns estudos comprovaram a atividade biológica
in vitro do óleo da semente da andiroba sobre fêmeas ingurgitadas de
carrapatos das espécies Anocentor nitens e Rhipicephalus
sanguineus apresentando potencialidade acaricida sobre essas espécies, ou
seja, o uso do óleo de andiroba também pode contribuir no tratamento e
prevenção de carrapatos em cães e outros animais. Fiquem atentos, os carrapatos
também são transmissores de vários agentes patogênicos para animais e humanos. Cuidado!
A andiroba também é
conhecida como a “Rainha da Floresta” pelas suas características de grande
porte.
Referências
consultadas
FERRAZ, I. D. K. Andiroba:
Carapa guianenses Aubl. Informativo Técnico Rede de Sementes da
Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, n.01, Manaus, 2003. Versão
impressa ISSN 1679-6500. Versão
on-line ISSN 1679-8058.
PIMENTA, A. C. Instituições paraenses se unem para produção de
fitoterápicos. Ver-a-Ciência: Revista de Ciência, Tecnologia e Inovação do
Estado do Pará, Belém, v. 01, n. 01, p. 28-35, 2012. Disponível em: <http://veraciencia.pa.gov.br/upload/arq_arquivo/26.pdf>
Acesso: Dez 2015.
FERRAZ, I. D. K.; CAMARGO, J. L. C.; SAMPAIO, P. T. B. Sementes e
plântulas de Andiroba (Carapa guianensis
AUBL. e Carapa procera D. C.):
Aspectos botânicos ecológicos e tecnológicos. Revista Acta Amazônica, Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia, Manaus, v. 32, n. 04, p 647-661, 2002. ISSN 0044-5967. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/aa/v32n4/1809-4392-aa-32-4-0647.pdf>
Acesso em: Dez 2015.
PEREIRA, M. R. N.; TONINI, H. Fenologia da Andiroba (Carapa guianensis, Aubl., Meliaceae)
no sul do estado de Roraima. Revista Ciência Florestal, Santa Maria, v.
22, n. 1, p. 47-58, jan.-mar.,2012. ISSN 0103-9954. Disponível em: <http://www.redalyc.org/pdf/534/53423372005.pdf>
Acesso em: Dez 2015.
FARIAS et al. Potencial
acaricida do óleo de andiroba Carapa
guianensis Aubl. sobre fêmeas adultas ingurgitadas de Anocentor nitens Neumann, 1897 e Rhipicenphalus sanguineus Latreille, 1806. Rev. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.61,
n.4, p.877-882, 2009.
SENHORINI, G. A. et al.
Microparticles of poly (hydroxybutyrate-co-hydroxyvalerate) loaded with
andiroba oil: Preparation and characterization. Materials Science and
Engineering, v. 32, n. 05, p. 1121-1126, 2012. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0928493112000793>
Acesso em: Dez 2015.
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