quinta-feira, 18 de maio de 2017

Processo Seletivo 2017.1
O processo seletivo 2017.1 da LAFITO - UFPA oferece 12 vagas para acadêmicos da área da saúde.

A seleção é composta de duas fases: entrevista (29/05) e uma redação (30/05).

As inscrições são gratuitas, sendo necessário enviar: nome completo, número de matrícula, instituição de ensino, curso, e-mail,  semestre, para o e-mail: lafitosufpaoficial@hotmail.com.
VENHA FAZER PARTE DA LAFITO!!!!


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

V Congresso de Educação em Saúde


A Liga Acadêmica de Fitoterapia da UFPA esteve presente no V Congresso de Educação em Saúde. O evento ocorreu entre 8 e 11 de novembro, no Centro de Eventos Benedito Nunes na UFPA.
Durante o congresso, os integrantes tiveram a oportunidade de realizar a exposição de 8 trabalhos sobre Educação em Saúde e o Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos realizados pela LAFITO, em parceria com Portal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e com o Laboratório de Insumos Farmacêuticos/Farmacognosia da UFPA.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

PLANTA DA VEZ: Unha de Gato





Nome científico: Uncaria tomentosa (Willd. DC.)


Nomes populares: Unha de gato, espera-aí, junpindá.


Família Botânica: Rubiaceae.


Características: São trepadeiras, arbustos trepadores ou rasteiros ascendentes, possuem folhas simples e opostas, lâmina ovada, elíptica, consistência cartácea ou papirácea e um par de estípulas interpeciolares, livres na base, deltóide, obovada, com tomentos na superfície da folha.


Principais constituintes químicos: Flavonóides, alcaloides indólicos, triterpenos e sa poninas.


Parte utilizada: Casca


Propriedade terapêutica: Anti-inflamatória.


Indicações: Artrite, estomatite, cistite e dores.



IMPORTANTE!

Não deve ser usado durante a gravidez e lactação.

Pacientes que serão submetidos a transplantes devem evitar o uso.




REFERÊNCIAS:

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento fitoterápico da Farmacopéia Brasileira. 1ª edição. Brasília, 2016.

PAIVA, L. C. A. et al . Avaliação clínica e laboratorial do gel da Uncaria tomentosa (Unha de Gato) sobre candidose oral. Rev. bras. farmacogn.,  João Pessoa ,  v. 19, n. 2a, p. 423-428,  June  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2009000300015&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Sept.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2009000300015.

POLLITO, P. A. Z; TOMAZELLO, M. Anatomia do lenho de Uncaria guianensis e U. tomentosa (Rubiaceae) do estado do Acre, Brasil. Acta Amaz.,  Manaus ,  v. 36, n. 2, p. 169-175,    2006 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0044-59672006000200006&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Sept.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672006000200006.


VALENTE, L. M. M.. Unha-de-gato [Uncaria tomentosa (Willd.) DC. e Uncaria guianensis (Aubl.) Gmel.]: Um Panorama Sobre seus Aspectos mais Relevantes. Revista Fitos Eletrônica, [S.l.], v. 2, n. 01, p. 48-58, out. 2013. ISSN 2446-4775. Disponível em: <http://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/40>. Acesso em: 30 set. 2016.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Curiosidades sobre a Copaíba


É comum o uso da copaíba para fins medicinais desde muito tempo. Entretanto, você já teve a curiosidade de saber como esta era realmente utilizada, ao longo da história?


Existem muitos fatos históricos descritos. Vejam a seguir alguns deles.


A crença no uso da Copaíba foi iniciada com os índios, eles untavam seus corpos com o óleo depois das batalhas e deitavam-se em redes estendidas sobre brasas, acreditando que assim se livravam dos males. Possivelmente, descobriram esta propriedade do óleo a partir da observação dos animais que se esfregavam no tronco da copaibeira, tentando se livrar de coceiras e ferimentos.


Os colonizadores europeus, a partir do século XVI, descobriram outras aplicações do óleo de copaíba além das conhecidas pelos índios, utilizando-o como anti-séptico das vias urinárias e respiratórias, particularmente para combater a bronquite. Na Europa a copaíba recebeu o nome de “bálsamo dos jesuítas”, em função da introdução do óleo no Velho Continente ter se dado por estes religiosos.


No Brasil, por volta do século XVII, os médicos brasileiros contornavam a escassez de remédios no país recorrendo às drogas indígenas, sendo a copaíba muito usada pelos viajantes que cruzavam a região.


O naturalista alemão Theodoro Peckolt, um dos promissores na investigação das propriedades medicinais da flora brasileira, considerou a copaibeira uma das árvores mais úteis na medicina. Em 1677, o óleo de copaíba já constava da farmacopéia britânica e em 1820 incorporou-se à farmacopéia norte-americana.



Mais curiosidades sobre o uso...

Da copaibeira, o óleo, o fruto e a madeira podem ser aproveitados, porém, a raiz é considerada venenosa.

O óleo natural da copaíba é formado na fase adulta, quando o cerne da árvore perde a circulação da seiva e parte de suas células se decompõe gerando o óleo, se acumulando em cavidades no tronco. A extração do óleo precisa ocorrer de forma sustentada, obedecendo a cuidados como a forma de coleta estabelecendo limites para o volume a ser coletado, para que a planta tenha sobrevida, uma vez que, o óleo funciona como defesa da planta contra animais, fungos e bactérias.

Você sabia que pode estar guardando o óleo de copaíba de forma errada?

Pois, tenha agora a certeza se está fazendo certo!
O armazenamento do óleo deve ser feito em recipiente fechado e guardado em ambiente seco e arejado, sem incidência de luz solar. Nessas condições, o óleo pode ser armazenado por até um ano.

O óleo de copaíba usado como combustível? Oi???  Como assim?

Sim!!!
A copaibeira, além de ser usada como madeira e ter seu óleo-resina extraído do tronco para preparação de medicamentos, cosméticos, tintas e revelação de fotografias, o óleo também é utilizado como combustível na iluminação doméstica rudimentar. Existem várias pesquisas que estudam a utilização do óleo de copaíba em substituição ao óleo diesel, ou misturado a ele como combustível alternativo à gasolina para motores. A vantagem sobre o querosene e o óleo diesel é que ele tem baixos percentuais em resíduos de carbono, enxofre e apenas traços de água e sedimentos. Seu poder calorífico, de 10.044 kJ/kg, é superior ao de outros óleos vegetais como mamona e amendoim.

O consumo do óleo, em condições similares, é cerca de 8% menor que o do óleo diesel e não requer alterações nos motores. O INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) testou o óleo de copaíba em motores diesel, durante dois anos, e constatou que não houve alteração dos motores nem a necessidade de aditivos ou esterificação, como é comum com outros óleos.

Por outro lado, o uso do óleo com fins energéticos é inviável, uma vez que, os usos medicinais são mais nobres e os gastos para obtenção deste combustível é superior ao diesel.


Referências Consultadas

PASTORE JR., F.; LEITE, F. H. F. Análise e crítica tecnológica: Copaíba (Parte I) e Babaçu (Parte II). Universidade de Brasília (UNB), Instituto de Química, Laboratório de Tecnologia Química, Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.itto.int/files/itto_project_db_input/2202/Technical/1. 5%20An%C3%A1lise%20e%20cr%C3%ADtica%20tecnol%C3%B3gica%20-%20copa%C3%ADba%20e%20baba%C3%A7u.pdf> Acesso em: 02 abril 2016.

PIERI, F. A.; MUSSI, M. C.; MOREIRA, M. A. S. Óleo de copaíba (Copaíba sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Rev. Bras. Plantas Medicinais, Botucatu, v. 11, n. 4, p. 465-472, 2009.

SILVA, R. C. V. M. da; PEREIRA, J. F.; LIMA, H. C. de. O gênero Copaifera (Leguminosae – Caesalpinioideae) na Amazônia Brasileira. Rodriguésia, v. 59, n. 3, p. 455-476, 2008.

VEIGA JR., V. R.; PINTO, A. C. O gênero Copaifera L. Revista Química Nova, v. 25, n. 2, p. 273-286, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v25n2/10455.pdf> Acesso em: 18 Set. 2016.

domingo, 18 de setembro de 2016

PLANTA DA VEZ: Espinheira Santa



Nome científico: Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek.


Nomes populares: Espinheira santa, espinheira divina e espinho de Deus.


Família botânica: Celastraceae.


Características: Apresenta porte arbóreo-arbustivo, medindo cerca de 5 metros. Os ramos são glabros, ângulos tetra ou multicarenados. As folhas  são congestas, coriáceas, glabra, com margens inteiras ou com espinhos em número de um a vários, distribuídos regular ou irregular no bordo. As inflorescências são em fascículo multifloros.O fruto é do tipo cápsula bivalvar e orbicular de coloração vermelho-alaranjada.


Principais constituintes químicos: Terpenos, flavonoides e taninos.


Parte utilizada: Folhas.


Propriedades terapêuticas: Antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica.


Indicações: A infusão de espinheira-santa é utilizada no tratamento de dispepsia alta não ulcerosa, gastrite, ulcera péptica e na constipação intestinal.




IMPORTANTE!

Não deve ser usado durante a gravidez e lactação.

 Suspender o uso quando realizar exames de medicina nuclear.



REFERÊNCIAS 

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento fitoterápico da Farmacopéia Brasileira. 1ª edição. Brasília, 2016.

PESSUTO, M. B. Análise fitoquímica de extratos de folhas de Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. e avaliação do potencial antioxidante. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas. Universidade Estadual de Maringá. Marigá, 2006


SANTOS-OLIVEIRA, R; COULAUD-CUNHA, S; COLACO, W. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Rev. bras. farmacogn.,  João Pessoa ,  v. 19, n. 2b, p. 650-659,  June  2009 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2009000400025&lng=en&nrm=iso>. access on  17  Sept.  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2009000400025.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Curiosidades sobre a Laranja


A laranja (Citrus sinensis) é uma fruta rica em flavonóides, substâncias importantes para a circulação do sangue e para o coração.

Quem não gosta de laranja?

Essa fruta doce, bonita, descoberta no leste asiático há milhares de anos, fez sucesso na Europa e foi trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses. Aqui, a adaptação foi tão boa que muita gente pensa que a laranja é uma fruta nativa. Desde os anos 80, somos o maior produtor mundial: são 180 milhões de pés de laranja – um para cada brasileiro. 


E vocês sabiam que o suco de laranja faz com que diminua o colesterol ruim e aumente o bom?

Isso mesmo, uma pesquisa feita pelo Grupo de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista,  com pessoas acima do peso comprovou que o suco de laranja faz com que diminua o colesterol, claro que apenas o suco não vai fazer essa diminuição, o suco precisa esta associado a exercícios físicos. Na pesquisa as pessoas com sobrepesos foram divididos em dois grupos, todas passaram por uma bateria de testes: altura, pressão, gordura, peso. No grupo que só fez exercícios, sem suco, não houve alteração nos índices de colesterol no sangue. Mas no grupo do suco, a boa surpresa: 15% de redução do colesterol ruim e 18% de aumento do bom colesterol.
A pesquisa  realizada com homens e mulheres normolipidêmicos, mostrou que o suco de laranja apresenta propriedade redutora sobre o colesterol, e sugeriu que a associação dos flavonóides cítricos com a vitamina C previne o estresse oxidativo e o desenvolvimento da aterosclerose.
As frutas cítricas, incluindo o suco de laranja, são fontes dos flavonóides e estudos atuais têm demostrado que os flavonóides, podem retardar ou prevenir as doenças ateroscleróticas devido à atividade antioxidante sobre as Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL) e consequente ação inibidora na formação da placa ateromatosa.

Não é maravilhoso?!
Depois dessa dica vamos  praticar mais exercícios físicos e tomar suco de laranja, mas lembre-se sempre sob a orientação de um profissional da saúde.


REFERÊNCIAS

CESAR, Thais Borges et al. Suco de laranja reduz o colesterol em indivíduos normolipidêmicos. Rev. Nutr.,  Campinas ,  v. 23, n. 5, p. 779-789,  Oct.  2010 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732010000500008&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:  07  Sept.  2016.  


 RODRIGUES, Layane Urzedo. SUCO DE LARANJA REDUZ COLESTEROL E INSULINA NO SANGUE DE INDIVÍDUOS SAUDÁVEIS. 2008. 70 f. Tese (Doutorado) - Curso de Farmácia, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Araraquara – Sp, 2008.

domingo, 26 de junho de 2016

PLANTA DA VEZ: Copaíba


Nome científico: Copaifera sp.


Nomes populares: Copaíba, copaibeira, pau-de-óleo, copaúva, copai, copaibarana, copaibo, copal, marimari e bálsamo dos jesuítas.

Família botânica: Leguminosae.

Principais constituintes químicos: predominância de sesquiterpenos, como o α- humuleno, α e β-selineno, β-bisaboleno e β- cariofileno .

Características: As copaibeiras são árvores comuns à América Latina e África Ocidental, sendo encontradas, no Brasil, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Amazônica. Tais plantas chegam a viver cerca de 400 anos, atingem altura entre 25 e 40 metros, diâmetro entre 0,4 e 4 metros, possuem casca aromática, folhagem densa, flores pequenas e frutos secos, do tipo vagem. As sementes são pretas e ovóides com um arilo amarelo rico em lipídeos. Da árvore da copaíba é extraído um óleo-resina, de cor que varia de amarelo ouro a marrom, dependendo da espécie. Esse óleo-resina tem sido utilizado desde a época da chegada dos portugueses ao Brasil na medicina tradicional popular e silvícola para diversas finalidades, e hoje se encontra como um dos mais importantes produtos naturais amazônicos comercializados, sendo também exportado para Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra.

Parte utilizada: Óleo-resina.

Propriedades: anti-inflamatórias, antisséptica, purgativa, inseticida, afrodisíaco, antirreumático, anti-herpetico, anti-brotropico, analgésico, gastroprotetor e cicatrizante, entre outras.

Indicações: O Óleo de Copaíba é utilizado em pomadas ou cremes antiinflamatórios e cicatrizantes, em loções, shampoo para tratamento de afecções do couro cabeludo, produtos destinados ao tratamento de acne, sabonetes antissépticos, produtos para higiene íntima e como fixador de fragrâncias.

REFERÊNCIAS

SHANLEY, P. et al. Copaíba. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Centro para Pesquisa Florestal Internacional (CIFOR) e Instituto Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Belém 300p, 2005.

PIERI, F. A. et al. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico, extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 11, n. 4, p. 465-472, 2009.

LIMA, A. F; JFJFM, Lima. Utilização medicinal do óleo de copaíba: aspectos históricos e estudos atuais. Pós em revista, v. 5, n. 1, p. 332-6, 2012.